quarta-feira, 14 de maio de 2008

Ambiente

Renováveis, mas pouco Verdes

As energias renováveis são vistas como uma arma contra o aquecimento global. Mas, à medida que o investimento nestas fontes de energia aumenta, permanecemos o seu lado negro. Afinal, os biocombustíveis e a produção de energia a partir do vento, água, sol e biomassa não são assim tão verdes.
Para além de também emitirem gases com efeito com efeito de estufa e produzirem impactos ambientais, estão longe de satisfazer as nossas necessidades de energia. Se em 2004 “as verdes” asseguravam apenas 13% das necessidades de energia mundiais, em 2030 o valor não deve ultrapassar os 16%.

Biocombustíveis

Apareceram como solução para a poluição originada pelos transportes. No entanto, calcula-se que nunca satisfarão mais de 7% da procura mundial de combustíveis. O futuro está nos biocombustíveis da segunda geração, feitos a partir dos produtos não alimentares como microalgas e celulose.

O lado negro:

-Produzidos a partir dos cereais, cana-de-açúcar, etc., na origem do aumento dos preços do pão e de quase todos os produtos alimentares, podendo agravar o problema da fome.
- A corrida aos biocombustíveis está a intensificar a desflorestação em locais como a Amazónia. As árvores são abatidas para plantar cereais e cana;
- Intensificar o uso de fertilizantes.

Energia solar

Vista como a principal fonte de energia no século XXI está entre as mais verdes das renováveis. Os impactos são nulos se os painéis forem instalados nos edifícios.

O lado negro:

- A produção de painéis solares, munidos de baterias, gera metais pesados como o cádmio ou o zinco.
- Instalar uma central solar implica um elevado investimento, o que faz desta a mais cara das energias verdes.
- Em média, uma central só produz energia 44 dias/ano.
- Emissões poluentes por KWH: 60g de CO2.

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